Desbravando o Castelo Cervejeiro - Visita à Kasteel

Desbravando o Castelo Cervejeiro - Visita à Kasteel

Hoje vamos fazer uma visita a cervejaria Kasteel. Não há nada melhor que uma bela viagem cervejeira. Em uma hora está em um vilarejo e na seguinte em outro. Em um momento está degustando a intensidade das cervejas ácidas e no outro a complexidade de uma Quadrupel bem executada.

De manhã estava visitando a Rodenbach e de tarde estava entrando no castelo cervejeiro belga: Kasteel Brouwerij Vanhonsebrouck, a cervejaria Kasteel. As duas cervejarias ficam muito próximas e vale a pena visitá-las no mesmo dia, reservando um período para cada uma.

Um Mar de Foeders – Visitando a cervejaria Rodenbach

Após a bela visita na Rodenbach durante a manhã (que contei na edição de novembro de 2019), seguimos viagem para a Kasteel, contemplando as belas paisagens do caminho. Assim que avistamos a cervejaria identifiquei quatro torres, uma em cada canto do terreno. Apesar de serem edificações novas – as instalações foram inauguradas em 2016 – o projeto arquitetônico da Kasteel traz o conceito de um castelo moderno, algo difícil de se imaginar até ver a cervejaria.

A cultura cervejeira é para todos

Tínhamos acabado de chegar de outra visita e o bom senso nos dizia para nos alimentarmos e nos prepararmos para o tour na fábrica, agendado para o início da tarde. Dentro da Kasteel há um restaurante com ótimas opções de pratos harmonizados, acompanhados das cervejas da casa.

O ambiente é muito aconchegante, com muita madeira, belos lustres e pinturas na parede. Pedimos costelinha de porco com molho de cerveja e para acompanhar uma Bacchus Oud Bruin e uma Barista Chocolate Quad – a versão da Donker (a excelente Quadrupel da casa) com marcantes notas de café e chocolate. Uma refeição absolutamente fantástica!

Fomos então para a recepção da cervejaria, onde se daria o início da visitação. Enquanto aguardava a chegada do guia, fiquei passeando na loja da Kasteel: um paraíso de garrafas, taças, camisetas, abridores e tudo que você pode imaginar relacionado aos rótulos e à cervejaria. Mentalmente fiz uma lista que encheria umas duas ou três malas.

O guia chegou e fomos para uma sala ver o vídeo de apresentação da cervejaria. O grupo era grande e todos ganharam um fone de ouvido para as explicações durante o passeio. O que sempre me chama atenção nessas visitas é a difusão que a cultura cervejeira tem por lá: as turmas têm pessoas de todas as idades possíveis, desde o mais jovem até aqueles com muita experiência de vida.

Preocupação ambiental

Iniciamos pela sala de brassagem e tanques de fermentação, onde nos foi explicado todo o processo de produção, com direito a provar malte com diversos níveis de tosta, cada um apresentando um sabor diferente: do pão e biscoito até a torra que traz notas de café. Experimentei todos!

Seguimos para a parte de envase. A cervejaria tem uma preocupação ambiental muito grande e todos os seus processos são pensados para otimização dos recursos naturais. Há uma linha na sala de envase exclusivamente para limpeza e sanitização das garrafas já utilizadas que voltam dos pontos de venda. Tudo intrigantemente moderno e automatizado.

Por fim, terminamos o tour na adega climatizada onde ficam os barris de carvalho e foeders. Ali são maturadas alguns rótulos especiais, como as Lambics e a Trignac XII, uma Tripel maturada em barricas antes utilizadas para a produção de conhaque.

Presente de despedida

Nos dirigimos a uma antesala ao lado da loja, onde havia várias garrafas de 750 ml cuidadosamente expostas. O guia agradeceu e, como presente da Kasteel, cada visitante poderia levar uma garrafa à sua escolha. Que indecisão! Eram muitas as opções.

Acabamos por escolher uma Donker e uma Barista (sim, a mesma que degustei no almoço). Passei na loja e terminei de fazer a festa. Levei duas taças, camiseta, abridor de garrafa e, de brinde, cinco pulseiras de silicone da Kasteel. É realmente muito fácil fazer um cervejeiro feliz.

Achei que tinha terminado, mas não. Enquanto fazia as compras, o guia nos lembrou que ainda tínhamos dois rótulos cada um para degustar por conta da casa. Voltamos ao restaurante e apreciamos uma Filou, a Tripel da casa, e uma Rouge, que tem como base a Donker com adição de cerejas.

Enquanto relaxávamos, depois de um dia tão especial, nos veio fazer companhia o mascote da cervejaria: James, um golden retriever extremamente dócil que só faltava falar, indo de mesa em mesa recepcionar os visitantes.

E assim terminamos mais um dia da expedição cervejeira na Bélgica, com belas cervejas na mão e um peludo carinhoso nos pés.

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