Afinal, aos olhos do mundo, o Brasil está fazendo boas cervejas?

Mais do que uma opinião puramente pessoal, o reconhecimento veio no 16º concurso internacional World Beers Awards, que aconteceu em agosto passado, com a etapa final em Londres.  

O concurso é considerado a Copa do Mundo das Cervejas e é realizado por etapas: a primeira é a fase nacional que classifica os vencedores por estilo e na sequência as melhores sequências para a etapa final. Contando com mais de 3.200 cervejas oriundas de 50 países, esta edição premiou nada menos que nove cervejas brasileiras. E o resultado não é algo fora do comum: em 2021 os brazucas também levaram nove prêmios e cinco no ano passado. 

O destaque brasileiro deste ano ficou com a Wäls Brut que, além de ser eleita a melhor cerveja Brut do concurso, também foi premiada como a melhor no agrupamento das Specialty Beer. Mas foi no agrupamento das Pales que o Brasil fez tríplice coroa: medalha com a Saison Chardonnay da cervejaria Água do Monge na categoria Bière de Garde & Saison, medalha também com a British Strong Ale da cervejaria Ashby na categoria Best Bitter Over 5,5% e medalha com a Virtú Vol2 da cervejaria Daoravida – uma Brazilian IPA segunda a própria cervejaria – na categoria Brazilian Pale Ale.  

Em seguida, levamos duas medalhas no agrupamento das Flavored Beers: a Sour de Caju da Proa, a cervejaria premiou na categoria Flavored Wild & Sour Beer e a já bem conhecida Appia da cervejaria Colorado que premiou na categoria Flavored Honey & Maple. Já no agrupamento das Dark Beers, a Barleywine Reserva, da cervejaria Bohemia foi premiada na categoria Dark Barley Wine e a Sour com Morango da cervejaria Artmalte premiou na categoria Catharina Sour, dentro do agrupamento das cervejas Sours & Wilds.  

Por último e de enorme importância no cenário de low carb e low Alcohol que vem crescendo globalmente de forma exponencial, a IPA Zero da cervejaria Campinas foi medalhada na categoria No & Low Alcohol IPA, no agrupamento No/Low Alcohol Beer. 

E vejamos apenas, a notoriedade das cervejas tupiniquins no contexto mundial é tanto que existe uma categoria específica para as Pales com pegada brasileira – as Brazilians Pale Ale – e outra especificamente para as Catharina Sour, consolidando o entendimento do estilo que nasceu aqui. É evidente que o mundo já reconheceu o Brasil como produtor de ótimas cervejas, com estilo próprio e protagonista, junto de outros berços cervejeiros, na direção do mercado cervejeiro mundial. 

Saúde para nós consumidores, que de gole em gole participamos disso tudo!