Brave Noise - o #MeToo da indústria cervejeira
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De pouco mais de mil seguidores no Instagram, Brienne Allan (@ratmagnet) passou a ter mais de 50 mil em poucos dias. A repercussão saiu das redes sociais e muitos dos envolvidos foram pressionados a se posicionar sobre as acusações. O fundador e CEO da cervejaria Modern Times saiu da direção da empresa e o mesmo aconteceu na Tired Hands, Lord Hobo e muitas outras. O sexismo neste ramo não é surpresa para ninguém, mas a repercussão desta postagem em rede social acendeu um farol em cima de um problema que era muito pouco discutido. Depois de muitos esqueletos saírem do armário, esse assunto não podia morrer e, por isso, Brienne Allan está diretamente envolvida no projeto de uma nova cerveja colaborativa: a Brave Noise, uma Hazy Pale Ale. No projeto da Brave Noise, as cervejarias interessadas divulgam um código de conduta se comprometendo a criar um ambiente de trabalho saudável que iniba todo o tipo de discriminação e, posteriormente, elas recebem a receita e o rótulo da cerveja. Parte do lucro das vendas deve ser revertido para organizações que lutam por causas relacionadas à missão do projeto. Mais de 100 cervejarias já abraçaram a campanha, mas infelizmente (enquanto eu escrevo estas linhas) nenhuma do Brasil. Ainda há tempo. Eu comprei o meu 4-pack no taproom da Notch Brewing*, em Brighton, o lugar onde tudo começou. Cheers ;-) *A Notch Brewing está contribuindo com o Boston Area Rape Crisis Center rainn.org>Cerveja não é coisa de mulher? Que nada, o mercado para elas não para de crescer!